“Lagarta do Pinheiro”

Tenha atenção

Verifique os pinheiros à sua volta e se encontrar algo parecido com esta foto, significa que tem um ninho de “Lagarta do Pinheiro”

A presença da lagarta-do-pinheiro é fácil de ver nas árvores.
Entre julho e novembro, observam-se tufos ninhos grandes, em forma de bolsões, constituídos por fios brancos e sedosos, na ponta dos ramos expostos ao sol.

A lagarta-do -pinheiro também conhecida como processionária, (Thaumetopoea pityocampa Schiff) é um inseto desfolhador dos pinheiros e cedros em Portugal. O nome deriva do facto de se deslocar em fila, formando longas procissões de lagartas quando passam das árvores para o solo, para se enterrarem e crisalidar (passar de lagarta a borboleta). O ciclo de vida da lagarta-do-pinheiro tem duas fases: a fase adulta, que é aérea, formada pelos ovos e lagartas e a fase de pupa, que é subterrânea. Dependendo de vários fatores, como as condições climáticas, é geralmente entre janeiro e abril que as lagartas descem dos pinheiros. Nesta deslocação, vão libertando pelos urticantes que, em contacto com a pele, mucosas e olhos são responsáveis por alergias em pessoas e animais. Nos últimos anos, tem-se verificado um aumento desta praga, sobretudo devido às condições climáticas. Em ambiente urbano, a lagarta-do-pinheiro exige vigilância constante e um combate urgente e atempado para evitar riscos para a saúde pública.

Como fazer para retirar os ninhos

Se tem uma equipa de jardinagem, solicite aos seus colaboradores que, com um auxilio de um escadote, retirem os ninhos dos seus pinheiros.
O processo deve ser feito com luvas e máscara porque pode ser altamente urticante.
Depois de colocados os ninhos num monte no chão, deve queimá-los com o auxilio de um liquido combustível ( álcool, petróleo, etc)

Se não tem quem faça este trabalho pode solicitar uma desinfestação, contactando os serviços da CMA – Almada Limpa – tel. 800 206 017 ou 212 724 257. Ou por email para almadalimpa@cma.m-almada.pt

Sintomas e formas de tratamento

O contacto com os pelos urticantes da lagarta pode originar uma reação alérgica que varia consoante a sensibilidade da pessoa e a intensidade da exposição aos pelos. As irritações cutâneas são um dos tipos de reações (reação urticariforme), em que há irritação cutânea com comichão, ardor, pele vermelha e inchaço. As lesões cutâneas têm características maculopapulares (manchas bem circunscritas) e podem ser acompanhadas de vesículas. A irritação ocular é muito semelhante a uma conjuntivite, com os olhos avermelhados, comichão e inchaço. A inalação dos pelos pode desencadear tosse e dificuldades respiratórias de gravidade variável. Os sintomas podem surgir alguns minutos ou horas depois do contacto e persistir por várias horas ou dias. O tratamento depende da intensidade dos sintomas, mas pode incluir:
  • lavar a pele ou os olhos com água corrente;
  • remover pelos urticantes que possam ter ficado na pele (pode usar um adesivo, por exemplo);
  • mudar de roupa e lavá-la a altas temperaturas (maior ou igual a 60ºC);
  • aplicar, no local da reação alérgica, uma pomada à base de corticoides;
  • tomar um anti-histamínico.

No caso de contacto por via ocular, recomenda-se a observação por um oftalmologista. Se a reação alérgica for mais intensa, deve dirigir-se ao serviço de urgência de um hospital para observação.

Se necessário, ligue 112. Pode, ainda, contactar o Centro de Informação Antivenenos (CIAV) – 800 250 250.

Os animais domésticos também são sensíveis ao contacto com as lagartas. Recorra a um veterinário, sobretudo no caso de cães e gatos.

Acompanhamos os temas relacionados com a saúde e, sempre que necessário, alertamos os nossos sócios.